Entre os riscos de ser diferente e o horror de ser igual

Cavaleiros da escuridão - Cap. 12: Camille

* 25 Novembro de 1918,

Tudo desandou depois da inútil proposta de meu pai me mandar aos EUA para estudar administração. A Europa toda estava em pedaços e eu não iria conseguir uma boa formação ali foi o que ele alegou. Enquanto todos estavam se preocupando em reconstruir suas casa e fábricas o Clã Grumel, tendo como fachada o nome de Família Grumel mantinha-se na obscuridade com dinheiro o bastante para reconstruir três Europas.
Embora minha persistência em continuar na Itália fui forçada a imigrar para cá, agüentando o cheiro de sangue por todos os lados num navio que podia descobrir meu segredo a qualquer momento, bastava um deslize de fraqueza.
Mas resisti, heroicamente eu resisti. Desci do navio olhando os outros que tinham viajado junto comigo. Alguns eram soldados, alguns machucados, feridos de guerra. Mas havia um, que não tinha um arranhão sequer, nem um osso quebrado ou membro decepado, estava inteiro.
Ele tropeçou em mim descendo a rampa. Seu cheiro me encantou, me fez pensar em mil maneiras de tomar o sangue dele.
_Desculpe_ ele disse sorrindo.
Estava usando a farda dos fuzileiros americanos, tinha dentes amarelados, provavelmente um fumante, a maioria deles era. Cabelos loiros, um pouco escuros pele clara e a barba por fazer. Mas quem não estava naquele navio? Olhou-me profundamente, por um segundo pensei que meus olhos estavam vermelhos e me desviei do olhar dele.
_Tudo bem_ eu me afastei correndo.
_Hei, espera!_ ele chamou mas eu não olhei para trás.

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