Entre os riscos de ser diferente e o horror de ser igual

Kurt Cobain




Kurt Donald Cobain nasceu no dia 20 de fevereiro de 1967, em Aberdeen (Estado de Washington). Hiperativo, ele teve de tomar remédios para conseguir se concentrar na escola e sedativos para dormir à noite. Aos 7 anos seus pais se separaram. Inicialmente, ele morou com seu pai, que tinha a custódia oficial, mas depois ele saiu de casa e passou a viver na casa de seus parentes.

Algumas semanas antes de se formar no colegial, Kurt largou a escola e partiu em busca de um emprego. Nunca conseguiu se firmar em trabalho algum. Em dezembro de 1985, formou sua primeira banda, Fecal Matter, com Dale Crover no baixo e Greg Hokanson na bateria. No meio do ano seguinte, Kurt e seu amigo, o baixista Krist Novoselic, decidem montar seu próprio grupo, que inicialmente se chamava Stiff Woodies. Seu primeiro show foi em março de 1987, em Raymond (Washington). Já como Nirvana, a bateria passou de mão em mão por músicos como Dale Crover, Chad Channing e Dan Peters, que iam e vinham de acordo com os shows. O primeiro disco, Bleach, foi gravado desta forma.

Empurrado por críticas positivas, shows altamente comentados e a bagunça generalizada no selo Sub Pop, eles assinam contrato com a Geffen Records. Além do Nirvana, surgiam em Seattle outras bandas como Mudhoney, Tad e Soundgarden. Nascia naquele momento o movimento musical e cultural que mais tarde ficou conhecido como grunge. Sua principal característica eram as guitarras distorcidas, os vocais gritadas e as camisas de flanela. Seu maior símbolo foi, sem dúvida, Kurt Cobain.

O sucesso alcançado com o segundo disco, Nevermind (lançado em 24 de setembro de 1991), elevou a banda ao estrelato. O álbum foi crescendo devagar, com críticas favoráveis e o famoso boca a boca, até desbancar Dangerous, do Michael Jackson do topo da parada americana. Os pequenos bares em que eles tocaram no início da carreira não serviam mais. Em busca de mais e mais dinheiro, os empresários começavam a agendar shows em grandes arenas, que ficavam sempre lotadas. Quem mais sofria com este assédio era Kurt. As drogas passaram a ser um refúgio seguro.

Em 24 de fevereiro de 1992, ele se casa com a cantora Courtney Love (do grupo Hole) em Waikiki Beach, no Havaí. Em agosto daquele ano nascia Frances Beacon Cobain, única filha do casal. A união dos dois sempre rendeu boas manchetes para os tablóides sedentos por notícias. Ver os dois bêbados, drogados, ou brigando, era algo cotidiano.

No auge de sua carreira, o Nirvana se apresentou no Brasil, no Hollywood Rock de 1993. Dizem que no polêmico show em São Paulo Kurt estava tão chapado que mal conseguia tocar. No Rio, ele cuspiu na câmera e se masturbou na frente de todos. No mesmo ano, Kurt foi internado depois de uma overdose para tentar se livrar do vício, mas saiu da clínica antes do fim do tratamento.

No dia 1º de março de 1994, o Nirvana fez sua última apresentação ao vivo, em Munique (Alemanha). Três dias depois, Kurt é hospitalizado por tentativa de suicídio. Ele havia tomado uma dose alta de comprimidos e champagne. No fim daquele mês, se internou numa clínica de reabilitação, da qual saiu 30 dias após começar o tratamento. Mesmo podendo sair pela porta da frente, andando, ele pulou o muro para escapar. Foi achado em sua casa pelo eletricista Gary Smith no dia 8 de abril, três dias depois de ter dado um tiro na própria cabeça.

A idéia do suicídio não é tão bizarra, se você pegar o passado histórico de outros dois casos semelhantes na família (em 1979 que seu tio-avô meteu um tiro no estômago e em 1984, outro tio-avô cravou uma bala em sua cabeça). Entre os dois incidentes, em 1982, Kurt fez um curta metragem chamado Kurt commits bloody suicide.

Tudo bem que todo mundo conhece, mas não pode faltar video né:



3 Comments:

Natan Fusco said...

assim se eu falar que gosto desse estilo eh mentira.
mas admiro como pessoas conseguem ser diferentes, evoluir e montar movimentos.
como fã de musica e pianista que sou, gosto de melodia e boa tecnica. eles tem. PONTO
mas minha verdadeira paixão eh uma voz, potente e melodica. acho que por isso não curto

de resto. adorei sua biografia. consegui le-la toda sem maiores problemas ou tedio.

abraços

Camila O. said...

Não é o "meu" estilo. Mas Nirvana marcou uma época da minha vida. Smells Like Teen Spirit me faz lembrar de muita coisa, até nada a ver com a música... Era só momento mesmo!

Tatiane Rosa said...

Kurt Cobain contribuiu muito para a evolução do Rock,as letras de suas músicas dotadas de sensibilidade,genialidade,melancolia e sonoridades que ultrapassaram décadas,o tornaram ídolo póstumo.È uma pena sua perda tão trágica,o mundo rock sente a sua falta,será que se Cobain estivesse vivo,o Foo Figthers existiria?

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Eu acho, tu achas, ele acha